Tempo livre e direito à inclusão: um olhar a partir das Cidades Educadoras

No âmbito da Rede Temática de Pessoas com Deficiência, realizou-se uma nova edição do Cyberc@fé de Aprendizagens, um espaço promovido pela Delegação para a América Latina da Associação Internacional de Cidades Educadoras (AICE), que incentiva o intercâmbio de experiências e saberes entre cidades comprometidas com a construção de ambientes mais inclusivos e participativos.

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Cyber Discapacidad

Nesta ocasião, o encontro teve como tema “Recreação Inclusiva no Tempo Livre: Fundamentos e Experiências”, um espaço de diálogo e reflexão sobre como garantir o direito à recreação e ao turismo acessível para todas as pessoas.
O diálogo, inserido no trabalho colaborativo das cidades-membro, foi moderado por Viviana Marchetti, licenciada em Comunicação Social e pesquisadora sobre tecnologias e deficiência, e contou com a exposição central de Luis Grunewald, consultor, pesquisador e capacitador em turismo acessível e segurança turística da Universidade Nacional de Quilmes (Argentina).
Durante sua apresentação, Grunewald definiu a recreação acessível como o conjunto de atividades que, realizadas no tempo livre, possibilitam a integração funcional e psicológica das pessoas com capacidades restritas, garantindo uma experiência satisfatória tanto individual quanto social. Ele destacou que este grupo representa mais de 40% da população mundial, incluindo pessoas idosas, famílias com crianças pequenas, pessoas com deficiência temporária ou permanente e mulheres grávidas. A partir dessa perspectiva, o desafio não é fazer “recreação para pessoas com deficiência”, mas avançar rumo a uma recreação para todos e todas, entendida como uma oportunidade de encontro, integração e bem-estar compartilhado.

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O expositor ressaltou que o objetivo central de toda política de recreação deve ser a integração em suas dimensões física, funcional e social, e propôs uma série de indicadores para orientar a gestão acessível: eliminação de barreiras arquitetônicas e urbanas, melhoria na qualidade do atendimento, segurança e cuidado com a saúde. Destacou ainda que as estratégias mais eficazes são aquelas que exigem baixo custo econômico, mas alto compromisso social, baseadas na informação, prevenção, capacitação e conscientização. A chave está em passar de espectadores a construtores e atores da mudança dentro de cada comunidade.
Durante o encontro, foram compartilhadas experiências inspiradoras de diferentes cidades latino-americanas que já vêm avançando nessa direção. Entre elas, o Parque Nacional do Iguaçu, na Argentina, que conta com um circuito acessível que permite aproveitar plenamente seus atrativos naturais, e a cidade de San Martín de los Andes, que desenvolveu uma política consistente de acessibilidade urbana, arquitetônica e social, acompanhada de campanhas de sensibilização com mensagens claras e criativas.
O encontro encerrou-se com uma mensagem que sintetiza o espírito do trabalho da rede:
“Uma recreação acessível é uma recreação de qualidade — e é uma recreação para todos.”
A informação, a sensibilização e o conhecimento são ferramentas fundamentais para eliminar barreiras e promover a participação plena das pessoas com deficiência na vida comunitária, reafirmando o compromisso das Cidades Educadoras com a inclusão, a equidade e o direito de desfrutar do tempo livre em igualdade de condições.
Você pode reviver o encontro completo aqui.
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