Na década de 1990, o aumento da pobreza e do desemprego em várias cidades argentinas, incluindo Rio Cuarto, levou muitos setores vulneráveis a recorrer à coleta de resíduos urbanos como meio de subsistência. Essa atividade, que envolveu várias famílias na recuperação de materiais recicláveis, começou a ter um impacto significativo na estrutura social e econômica da cidade. Em 2004, foram contabilizadas 369 famílias em diferentes bairros que dependiam dessa prática.
Embora a coleta urbana representasse uma fonte de renda, apresentava vários problemas. A baixa rentabilidade devido à intervenção de intermediários, o uso de carros puxados por cavalos que geravam resíduos e acidentes, e a exploração infantil foram algumas das preocupações surgidas. Além disso, a falta de qualificação profissional e o estigma social dificultavam a integração dessas famílias no mercado de trabalho formal.

Diante dessa situação, foi desenhado um programa com o objetivo de melhorar as condições de vida das famílias envolvidas, promovendo políticas locais adaptadas às suas necessidades. A implementação dessa iniciativa não só melhorou as condições econômicas e sociais das famílias recuperadoras, mas também beneficiou a cidade como um todo, contribuindo para o bem-estar social e ambiental.
Este modelo de intervenção demonstrou que é possível transformar uma atividade informal em uma oportunidade de inclusão laboral, melhoria da qualidade de vida e proteção do meio ambiente. Graças a uma abordagem integrada e coordenada, o programa permitiu melhorar as condições de trabalho dos recuperadores e reduzir significativamente os problemas associados à coleta de resíduos. Essa experiência se apresenta como um exemplo de como as políticas públicas podem ser desenhadas para enfrentar a pobreza e a exclusão social de maneira eficaz, com potencial para ser replicada em outras cidades com características semelhantes.
Para conhecer as boas práticas das cidades educadoras que inspiram, assim como a de Rio Cuarto, visite o novo banco de experiências.
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